segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O Universo

O Universo

O Universo que é em verdade o mundo em que vivemos, onde está nosso planeta, nosso Sol e as estrelas que vemos à noite no céu está em expansão. Assim como um balão de festas quando o inflamos, o Universo se expande numa velocidade grande e nós que estamos no "interior" desse balão acompanhamos as galáxias se afastarem.
As galáxias são aglomerados de estrelas, planetas, satélites, cometas, rochas e tudo que resultou da formação do Universo. Nossa galáxia é a Via Láctea, que tem o seu formato em espiral e podemos dizer ser o "nosso cantinho" no Universo. As estrelas que vemos ao céu escuro da noite são parte dos astros que habitam a Via Láctea e porque não dizer nossos vizinhos.  Apesar de estarmos na mesma galáxia não estamos perto de outros astros como pode parecer, pois as distâncias universais em nada se assemelham ao que temos em nosso planeta, como por exemplo, a estrela mais próxima de nós, aquela que mais brilha no céu escuro que é Alfa Centauro está a cerca de 4,4 anos/Luz. Em termos universais isso representa pouco, mas em nossos parâmetros significa um absurdo, ou seja, seriam 4,4 anos de viagem, mas viajando na velocidade da Luz - 300 mil quilômetros por segundo. Até onde sabemos somente a Luz pode se deslocar nessa velocidade.
Ao redor das galáxias existe a chamada Matéria Escura. O que é esta Matéria? Até hoje não se sabe do que exatamente é composta, entretanto, sabemos ser uma Energia que possivelmente está levando o Universo a se expandir. E por falar novamente em expansão do Universo, assim como o balão de festas, possivelmente existe um limite para ela. E se existe esse limite o que acontecerá quando ele for atingido? O Universo se rasgará assim como o balão de festas se rompe quando a borracha que o forma se afina ao extremo até perder a contiguidade? Ou o Universo como num movimento de "bate e volta" irá começar a se movimentar no sentido contrário e da mesma forma que o balão de festas começará a murchar ou encolher?
Todas as galáxias giram no chamado sentido horário como um rodamoinho ao redor do seu centro. Apesar da expansão do Universo, alguns modelos preveem que algumas galáxias estão em rota de colisão com outras, assim como possivelmente vem acontecendo ao longo da existência do Universo. A nossa Via Láctea parece estar com seus dias contados. Contudo, ainda não há motivo para alarde, pois a possível colisão com a galáxia Andrômeda - também em espiral -, deverá ocorrer daqui a 4 bilhões de anos, próximo do fim de nossa estrela Sol, ou seja, provavelmente não existirá mais vida em nosso planeta, ou se existir, não será da forma que conhecemos. Dessa colisão surgirá uma nova galáxia e muitos planetas e estrelas serão "cuspidos" para além da nova galáxia de forma aleatória.
Eis que surgiu a palavra aleatória - ao acaso, sem controle -, que muito se aplica ao Universo. Pois então vejamos: o nosso planeta que chamamos de Terra orbita um Sol e faz parte de um sistema com mais 8 planetas, 4 próximo do Sol - Mercúrio, Vênus, Terra e Marte -, e 4 mais afastados e enormes - Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Existem ainda os chamados planetas anões, como Plutão, Céres, Haumea, Makemake e Éris. Todos esses planetas giram ao redor do Sol, assim como descreveu Nicolau Copérnico no século XVI, em órbitas específicas. Por sua vez a Terra orbita o Sol, numa distância que permite a existência de água na forma líquida - essencial à vida -, como também propicia uma radiação solar favorável, protegida por uma atmosfera que filtra parte dessa radiação. Não é por acaso que existe vida na Terra, mas a vida só existe na Terra pelo simples fato desse planeta circular ao redor do Sol na sua órbita específica, como também por ter como estrela um Sol que consegue manter explosão em sua superfície queimando gás hélio findável, num momento ainda com um tamanho e uma queima que favorecem a vida.
Vamos mais além nessa linha de raciocínio. Onde está localizado o nosso Sistema Solar na Via Láctea? Está numa região intermediária, nem muito ao centro, como também nem na periferia, de forma que favorece o aparecimento da vida. Perguntas então nos atingem de forma clara: a Terra foi colocada em sua órbita do Sol específica, como o Sistema Solar foi "instalado" na região que ocupa da galáxia por determinação de alguém? Óbvio que não e se estamos neste planeta, no Sistema Solar com o Sol nas condições atuais e numa posição dentro da Via Láctea favorável é tudo obra do aleatório, ou do acaso.
Existem "leis" que regem o Universo e algumas delas já conhecemos, sabemos como funcionam, mas não entendemos o porquê delas existirem. Essas "leis" parecem convergir para um único ponto e deste ponto parecem surgir. Elas são exatas, precisas e nos deixam tão confusos que certa vez o fabuloso físico Albert Einstein disse: "Deus não joga dados com o Universo". Bem, venho falando de aleatoriedade como posso explicar a frase de Einstein? As "leis" estão aí, regem tudo, mas o aleatório seria o imponderável, assim como "um livre arbítrio". O choque de duas galáxias não é algo planejado, mas pode ser explicado; contudo, o resultado desse choque é o inesperado e desconhecido.
Tudo no Universo mira um único objetivo, a Vida! Nós nos damos conta de nossas vidas e de todos os seres vivos que habitam a Terra. Mas eu vejo isso de outra forma: a água do mar não seria um "ser" vivo? Ou qualquer água não estaria viva? Não falo dos seres que a habitam, falo na estrutura H2O, dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio. De quantos átomos somos formados? Quantos átomos de hidrogênio e de oxigênio têm agora, neste momento, em nosso corpo? Somos constituídos por muitos átomos, onde o carbono forma as principais estruturas. Qual a semelhança entre a água e nós, se todos somos seres vivos? Somos constituídos por átomos que formam uma estrutura. Entretanto, nós somos seres aparentemente mais complexos com vários sistemas, um verdadeiro Universo, só que nós temos uma estrutura que se tornou superior, nosso cérebro. Ele foi se modificando a ponto de nos tornar inteligentes, o que faz grande diferença. Contudo, a simplicidade de uma molécula de água não faz dela uma estrutura inferior.
A vida é o resultado final das "leis" que regem o Universo. Na Terra temos formas de vida que se desenvolveram aleatoriamente através do processo de adaptação. Em Marte, onde já conseguimos colocar um veículo que é um laboratório ambulante, não temos vidas como as que temos aqui. Mas temos vida na areia vermelha que aparentemente cobre toda a sua superfície. A areia é uma forma de vida aqui na Terra como em Marte. Tudo está interligado no Universo e a vida que surge é mutável e a forma que ela adquire é aleatória, como vários fatores influenciando essa aleatoriedade.
Certa vez comecei a escrever algo em que o título era a "inteligência é o problema". Por que o problema? Porque adquirimos algo em nossos corpos vivos que nos leva a pensar em coisas que não sabemos explicar. É um problema bom? Eu particularmente acho que sim, mas tem gente que involuntariamente acha que não, pois acham que não devemos questionar ou tentar entender a origem de tudo. A inteligência é o algo a mais que surgiu em nossos corpos vivos ao longo de nossa evolução na Terra. Outros seres vivos vagaram pela Terra e não existem evidências da presença da inteligência nesses seres. Esses seres sucumbiram e se foram, assim como outros estão sucumbindo enquanto espécies e nós, tão adaptados ao ambiente em que vivemos também um dia sucumbiremos, pois a vida é mutável e o movimento que a rege é aleatório.
O nosso Sol, esta estrela que nos dá a possibilidade de termos os seres vivos como temos na Terra, também está vivo e irá mudar, ou está mudando e irá sucumbir na forma que hoje o vemos. Mas como o tempo é uma dimensão que juntamente com o espaço formam o chamado Espaço-Tempo, ou Tempo-Espaço, que é curvo, tudo parece caminhar numa linha curva com direito a mão de ida e volta, mas que no momento só caminhamos numa direção, a ida, a expansão. Será que a singularidade do Tempo-Espaço hoje é resultado da expansão do Universo, ou da direção em que tudo caminha? Conhecemos o passado armazenado em nossas memórias e nos instrumentos que inventamos para armazena-lo. Mas o passado distante não nos é acessível em nossos cérebros inteligentes. Poderíamos viajar no Tempo por nossas mentes? Se o ar que respiramos tem átomos e existe apesar de não o vermos ele está vivo e por que não poderia conduzir nossos pensamentos? Nós produzimos energia quando pensamos e esta energia se difunde.

Nosso Universo é vivo, está interligado, sempre prepara condições para que a vida em suas várias formas exista. Nós quando morremos na forma em que estamos apenas mudamos de condição. Nossos átomos não morrem, mas eles vão servir de base para outras vidas. Nossos átomos de carbono serão estruturas para proteínas, para alimentos, para formar outros seres. Morremos como estrutura, paramos de pensar, a inteligência se esvai, contudo, nossa estrutura se transforma e continuamos a fazer parte do Universo.

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