Saudade!

Saudade é por si só uma palavra única e que só existe em português. Ela sempre carrega no seu bojo e traz consigo um toque de tristeza e de lembranças que nos remetem à pessoas, ou lugares e pessoas, ou até mesmo a só lugares e situações.
A saudade é grande quando invade nossos pensamentos as lembranças de pessoas queridas que se foram. Quem enfrenta situações de perdas, com entes queridos que se "transformaram" e passaram a existir somente em pensamentos, a saudade vai e volta, às vezes, com muita força.
O tempo passa - ou pelo menos é essa a sensação que temos -, e a saudade nos perfura o peito de forma tão rude, que o vazio originado parece ser eterno.
É disso que quero falar, pois a saudade hoje e sempre vai me incomodar, ainda mais quando se perde pessoas queridas de forma precoce.
Entretanto, saudade não só esvazia, mas também preenche, porque o vazio criado pela ausência muitas vezes é preenchido pelas lembraças que só a saudade nos traz. Então, ter saudade é bom - mas pode ser ruim -, contudo, vamos achar que é bom, porque só assim eu me lembro de momentos bons que preencheram o meu passado.
Ter saudade de alguém que ainda existe também é bom, principalmente porque nos remete ao futuro, quando iremos encontrar novamente essa pessoa. Às vezes, ou melhor, quase sempre, significa uma ligação forte e prazerosa.
Hoje tenho saudades daqueles que se foram, dos que amo e estão longe e principalmente de um passado onde todos existiam e eu não dava o devido valor.

Impostos, Impostos, Impostos...

Mais uma vez volto ao tema, que em realidade não sai dos jornais, especialmente em época de se "acertar as contas com o Leão". Verdade seja dita e, não tem nada a ver com o mês de abril e o Leão, mas sim com a injustiça que é o nosso sistema de arrecadação de impostos.
O povo brasileiro é muito cordato, pois aceita pagar impostos injustos e excessivos, sem ter nada em troca, e não esboça a menor reação. Sim, não estou dizendo para irmos às ruas e quebrarmos tudo, mas pelo contrário, que de forma pacífica façamos protestos junto a imprensa, até mesmo nas ruas - de forma pacífica! E por que não utilizar a internet para também protestar?
Estamos numa sociedade injusta, com uma distribuição de renda absurda, onde existem disparidades ridículas entre camadas distintas da população. Acontece, que mesmo as pessoas menos favorecidas andam pagando muitos impostos escondidos em produtos que têm que usar no dia-a-dia. Mas pagar impostos sem nada receber em troca é ridículo e irreal. Isso nos remete aos tempos em que os impostos eram recolhidos para pagar as despesas do rei com seus criados e festas.
Que o Brasil ultrapasse esta fase absurda de super arrecadação de impostos e que o governo saiba utilizar melhor o dinheiro arrecadado, de forma que possa parar de explorar os cidadãos e as empresas.
Vamos todos protestar contra essa política arrecadatória predadora das pessoas que trabalham neste país. Por que não diminuir o número de ministérios?

Morte de Almas Inocentes

Que nós estamos vivendo um tempo de loucuras não tenho a menor dúvida. Mas quem é pior? Um prefeito que desvia verbas da merenda escolar e deixa centenas de crianças sem merenda e, condena-os à fome, abandono da escola, estupidez e ignorância, além de decretar a pena de morte - no caso de um menino que se envolve com o tráfico; ou gravidez precoce, no caso das meninas -, e morte para a vida e oportunidades; ou um adolescente louco assassino?
Que tragédia é essa que nos choca no fundo, pois são adolescentes estudando na escola e um louco, que perdeu o juízo sabe-se lá porque, resolve ser o deus da destruição e quer dividir sua sofridão com outras pessoas que não querem sofrer.
Mas quem é pior? Os políticos que lá estão a lamentar juntos aos familiares os corpos em caixões doados, ou um louco que se acha no direito de tirar vidas com um tiro à queima roupa?
Nada justifica a violência gratuita que ceifa vidas inocentes todos os dias, no entanto, não podemos nos esquecer das centenas de adolescentes e crianças que morrem vítima da violência, das drogas e mesmo em condições miseráveis pelos sertões e cidades grandes Brasil a fora.
A importação de modelos de violência como esse não nos coloca no primeiro mundo, nem ao menos nos faz evoluídos, mas ao contrário, nos torna meros copiadores de modelos que não devem ser copiados.
Contudo, o que temos que verdadeiramente lamentar são vidas de almas inocentes findadas por uma bala disparada por um louco. Além disso temos que conviver com a vergonha de que enquanto sociedade produzimos um ser doente e repugnante como esse, que pouco se importa com a vida humana, inclusive com a sua própria vida.
Tudo isso nos mostra que estamos num caminho muito errado, abramos então nossos olhos.
Um beijo em todas as almas que se foram sem saber... .

Colesterol Alto e Alzheimer

Há algum tempo sabemos dos malefícios do colesterol elevado. Quando temos a fração LDL elevada corremos risco de ter doença cardiovascular (infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, doença arterial obstrutiva periférica), porque ocorre a entrada desse colesterol na parede dos vasos sanguíneos, o que provoca inflamação e o resultado é a famosa placa de ateroma, causando a doença chamada aterosclerose.
O problema da aterosclerose é que se ela ocorre num vaso importante, por exemplo, nas coronárias, ou num vaso cerebral, pode causar um chamado evento cardiovascular, o que pode culminar até com a morte do indivíduo.
De uma certa forma o colesterol elevado causa inflamação dos vasos sanguíneos e essa inflamação é danosa para todo o organismo. Recentemente mais danos têm sido associados ao colesterol elevado. É o caso, por exemplo, do chamado mal de Alzheimer. Pesquisadores associaram a elevação do colesterol com o risco de desenvolvimento dessa moléstia, que causa uma demência progressiva e debilitante do indivíduo acometido. Carece ainda de mais estudos para confirmação, mas como temos visto, cada vez mais pessoas que residem próximos à áreas urbanas, ao contrário de indivíduos que residem em áreas rurais, ou afastados dos grandes centros, têm apresentado colesterol elevado. Seria bom começarmos a pensar em tratar, ou melhor prevenir, ao menos as doenças cardiovasculares - risco já comprovado -, e talvez também, o mal de Alzheimer, com o melhor controle do níveis de colesterol no sangue.
Controlar o colesterol não é só deixar de comer carne vermelha ou gordura, mas também praticar exercícios regulares e muitas vezes lançar mão de medicamentos.

O Som do Silêncio

            Há muito se discute qual seria o som do silêncio. Mas o que é silêncio? Seria obviamente a falta total de som – isso existe? Sim, existe. Pergunte a um surdo que som ele ouve? Lógico, pergunte através de sinais... . Ele irá responder – através de sinais -, que não ouve nada, ou seja, silêncio total. Então, para os surdos, o som do silêncio é nada, ou aquilo que ele sente ao tentar ouvir. E para nós, que ouvimos – alguns mais, outros menos -, como eu, por exemplo?

            Já experimentou alguma vez viajar a uma fazenda distante, longe da civilização, onde não tem estradas, ou caminhos por perto? Durante a noite, quando todos estão dormindo, inclusive os animais, que sons você ouviu? Um grilo lá, um sapo acolá e muito silêncio. A falta de som é tamanha que estranhamos e achamos que estamos a ficar surdos. Na verdade é nas cidades onde estamos a ficar surdos e não no meio do mato.

            A audição é um sentido. Não briguem comigo, eu sei que todos sabem disso, mas para cada sentindo que temos são necessários receptores para que possamos captar os estímulos. No caso da audição temos os ouvidos e todo um mecanismo de vibração – vou chamar assim -; no entanto, precisamos conduzir através de estímulo nervoso tudo que foi captado ao cérebro, que é onde verdadeiramente iremos ouvir. Entender e perceber os sons têm a ver com consciência e conhecimento, ou aprendizado. Na verdade quem ouve é o cérebro!

            Quer ver uma coisa? Quando estamos com nossa atenção voltada para algum fato que a prende de forma exclusiva, mesmo que existam pessoas falando ao nosso lado, ou mesmo com a gente, nós nada ouvimos. Já aconteceu isso com você? Comigo várias vezes. Podemos desligar momentaneamente nossa audição e nada ouvirmos, mesmo com nossos ouvidos e instrumentos auditivos funcionando normalmente. O cérebro faz isso.

            O silêncio tem som, que é o som do silêncio, mas para o ouvirmos temos que estar em pleno afastamento do mundo moderno, ou numa câmara inviolável e, estarmos atentos, ou com o cérebro ativado para ouvir – o que chamamos prestar a atenção. Aí sim ouviremos o som do silêncio, que é o som do nada a se ouvir, mas que existe como som.