quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O Gigante Adormecido


    Quatro rostos estampados no vídeo – lá estão eles a olhar através da câmera, mirando na luz vermelha acima, que indica "vivo" e buscando atingir milhões de pessoas que procuram ouvir possíveis ideias que podem vir a melhorar suas vidas. São eles candidatos ao maior posto deste nosso país, ou seja, candidatos ao ápice da carreira de qualquer cidadão – ser presidente do Brasil!
    Apresentam-se com o sabor do vento, ou melhor, do gosto do eleitor. Se o eleitorado é contra o aborto em sua maioria vou dizer que sou contra, mesmo sendo a favor, ou mesmo já tendo me manifestado a favor. Isso é comum em relação a outros temas e assim o "debate" vai fluindo de forma que o tempo passa, passa e passa... .
    Do outro lado das lentes estão às pessoas, os seres vivos dessa história, aqueles que irão verdadeiramente "pagar o pato" por esses bonecos emplumados em seus púlpitos. Olham, ouvem, torcem por quem já decidiram votar e às vezes falam mal daqueles que não gostam. Um jogo de verdade que brinca com nossas vidas e futuro.
    O clima esquenta na telinha – hoje telões fininhos -, as pessoas se mexem nos sofás e se entreolham espantadas com o número enorme de denúncias, acusações e falta de propostas verdadeiras para o futuro do país. Quem então escolher? Ideologia?
    Ninguém a escolher, porque não estamos elegendo a pessoa e sim o seu grupo, ou aqueles que em verdade irão fazer o governo funcionar, ou irão extirpar do ventre do governo, que somos nós, aquilo que ele tem de bom. Quanto à ideologia, besteira, pois já se foi o tempo em que se tinha ideologia no Brasil. Hoje é só interesse pessoal e necessidade ou arrobo por dinheiro e poder.
    Somos um enorme país e o brasileiro adora se achar grande: Maior produtor de álcool; Maior estádio do mundo; Melhor futebol do mundo; Maior corrupção do mundo – Ah não, me desculpe, acho que é a Rússia, ou melhor, não sei. Realmente temos um território grande, uma enormidade de recursos naturais e um clima que é bastante favorável, mas não temos ainda conseguido acordar este gigante que é o Brasil. A classe política, que reflete o povo, só tem piorado e hoje podemos dizer que assistimos a um desfile de medíocres.
    Urge o tempo do gigante Brasil - aquele verdadeiro -, acordar! Que o povo que ainda pensa, porque infelizmente somos poucos, perdão por me incluir, resolva começar a mudar este país e, o primeiro ato, é ligar o despertador, porque acordar se faz necessário para irmos em direção a vida.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Por Que o Brasil não é a Suécia?

Bem, todos sabem que estou na Suécia. Observando a vida por aqui venho me perguntando: - Por que o Brasil não é como a Suécia?
Sim existem coisas muito diferentes – o povo é diferente; nós fomos colonizados e eles não; eles têm uma história milenar e a nossa é de apenas 500 anos e têm algo que não temos mesmo, que é a educação.
            Quando falamos em educação é que a coisa pega mesmo. Nos falta educação e com isso temos maus políticos, péssimos cidadãos e um nível de violência absurdo, que torna nossa qualidade de vida um verdadeiro fiasco.
            Toquei num assunto chave – violência. Aqui na Suécia, apesar do clima frio e do vento gélido, qualquer um pode andar de madrugada pelas ruas que não corre o menor perigo de ser assaltado ou coisa parecida. Eu mesmo fiz isso e vou falar a verdade, como todo traumatizado tive um pouco de medo.
            Mas poderíamos ser como a Suécia, pois temos recursos naturais de sobra, um enorme território e todas as condições necessárias, que não vou enumerar. Entretanto, não chegamos nem perto em termos de qualidade de vida. Que não me venham falar de tempo de história, pois os Estados Unidos tem quase o mesmo tempo que nós e olha lá eles.
            Na verdade não queria que o Brasil fosse exatamente como a Suécia, mas sim queria que o Brasil fosse um país com justiça social verdadeira, distribuição de renda, com impostos elevados para os cidadãos, mas que eles recebessem saúde de elevado nível gratuíta, educação excelente também  e totalmente gratuíta e que a violência fosse zero.
            Contudo, vivemos num país onde tudo ocorre ao contrário do que seria normal: muita violência, impostos altíssimos sem contrapartida, educacão de péssima qualidade e paga e uma distribuição de renda ruim.
            Queremos que o Brasil seja como a Suécia? Será?

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Na Suécia - Estocolmo

Não estou num bom momento de minha vida no que diz respeito às coisas relacionadas à saúde de minha família. Sofrimento e tudo mais e a vida tem de seguir e é o que estou tentando fazer por aqui, pois agora estou na Suécia, mais precisamente em Estocolmo.
Em realidade esperava uma cidade diferente do que encontrei, mas me dêem um crédito porque não ando bem de cabeça. Vi uma cidade que muda a cada instante dependendo do clima. Quando abre o sol fica alegre e agitada, mas de repente fica escuro, chove e aparece um vento super frio que congela e tudo fica triste, muito triste. Aliás esta foi a impressão que tive daqui – uma cidade triste.
Na verdade, existem belas paisagens, museus e palácios. Coisas bonitas pra fotografar, mas ô lugarzinho frio este aqui! Bem, ainda estamos chegando no outono e imaginem quando chegar no inverno. Deve ser muito bravo viver num lugar desses, talvez por isso a tristeza aparente das pessoas.
Vou colocar umas fotos que tirei por aqui e espero que gostem.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Coisas que não Queremos Ver Mais...


    Existem hoje coisas que não mais queremos ver. Por exemplo: - Quem gosta de ver no noticiário histórias de corrupção? Imagens de pessoas recebendo dinheiro e o colocando na meia, na cueca, nos bolsos e em todo e qualquer lugar possível. – Quem gosta de ver pessoas passando fome, pedindo dinheiro em sinais de trânsito, imagens de pessoas esquálidas sem ter o que comer em documentários na TV? – Quem gosta de ver cenas de brigas, assassinatos a sangue frio, ou qualquer outra violência entre seres humanos, ou mesmo entre humanos e outros seres?
    - Tudo bem, pode ser que eu esteja sensível demais e acho que estou mesmo, pois tenho motivos pra isso; - mas vocês gostam disso tudo que citei acima? Creio que não em pleno século XXI, ou mesmo em qualquer século que seja!
    Por que estou falando tudo isso? Bem, ontem vivi mais um momento ruim em minha vida e resolvi que não quero mais ver aquilo, ou melhor, viver aquilo novamente. Existem pessoas com quem temos ligações fortes – nossos pais e filhos principalmente –, mas obviamente, só que num pequeno nível abaixo, vem nossos irmãos, tios, primos e todos os parentes. Nem por isso estes são menos importantes. Não quero falar na parte afetiva, que foge a esse amor de sangue, no entanto, é muito importante no que diz respeito ao complemento de nossas vidas, quando escolhemos e somos escolhidos por companheiros que nos amam e os amamos numa verdadeira relação de companheirismo e amor.
    Bem, estou passando há alguns meses por momentos difíceis, com problemas de saúde na família. A coisa anda difícil e agora se agravou com a doença de minha mãe, que está vivendo um momento difícil, pois está em uma situação que ontem decidi não quero mais ver. O que senti ontem ao vê-la com o tubo ligando seus pulmões ao respirador e ao perceber a sua total inconsciência e falta de reação a qualquer estímulo, mesmo o álgico, foi como uma espada rasgando o meu peito. Eu que já convivi inúmeras vezes com situações até piores não consegui aguentar cinco minutos e saí de lá alucinado e completamente decidido a não mais ver aquela cena. Fraqueza? Não sabia que isso iria acontecer desta forma. Por isso a perturbação.
    Entendo a vida, acho que compreendo a morte, mas ver pessoas que amamos dessa forma é muito ruim e eu sinceramente não quero ver mais... .

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Um Estado Aparelhado - Ditadura!

     Mais uma vez estamos diante de provas claras do aparelhamento do Estado brasileiro e da diminuição de nossas liberdades e do que provavelmente vem por ai. Isso mesmo, o episódio do roubo das informações fiscais de membros do PSDB e de pessoas ligadas ao Serra, que ocorreu no ano passado, claramente demonstra isso.
     Se estivéssemos vivendo em uma democracia de direito o senhor secretário da Receita Federal deveria pedir demissão, além de desculpas e certamente deveria ser investigado pela polícia federal. No entanto, o que está ocorrendo é exatamente o contrário, ou seja, este tenta minimizar o episódio e pasmem, tenta colocar a culpa nas vítimas. Isso é a mesma coisa que culpar uma pessoa por ter sido ela roubada. Aliás, às vezes fazemos isso: - Ah, você foi roubado porque é bobo e resolveu falar no celular no meio da rua. - Você está maluco por ter saído de casa com esse relógio, por isso foi roubado.
     No entanto, o que está por traz deste episódio é algo muito grave. Significa que estamos perdendo a liberdade de direito, ou seja, estamos no início de uma ditadura, ou melhor, vivenciamos o "ovo da serpente".
     Nasce em nosso país uma ditadura camuflada que encobre como se fossem banalidades casos como o "mensalão"- hoje propagado por petistas como um mero caixa dois! Pasmem, é o que dizem pessoas ligadas ao PT e partidários deste partido político. Gente, caixa dois é crime! Se eu estiver fazendo um caixa dois estou incorrendo em um crime e certamente serei punido, mas para aqueles que alegam ter sido o mensalão um caixa dois nada de sério aconteceu e ficou tudo como antes.
     Vamos abrir bem os olhos e que se enxergue a tática da banalização que vem sendo aplicada como forma de esconder fatos graves que tiram aos poucos nossa liberdade. Os Correios hoje é o exemplo maior do que pode ser feito por um grupo que só pensa em empregar apadrinhados e utilizar politicamente as empresas públicas.
     A ditadura vem, mas que não me digam depois que foram enganados, porque os fatos estão ai para serem analisados.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Por Que não Falar de Flores?


     As flores são realmente uma dádiva divina. São lindas, perfumadas e alegram qualquer ambiente. Transmitem paz, colorem nossas vidas e nos aproximam do meio ambiente. Então, por que não falar de flores?
     Mas as flores não são somente espécimes do reino vegetal. - Ah, deves estar a pensar que enlouqueci! - Não, ainda não, pois estou usando de uma figura da linguagem para chamar de flor aquela que nos gerou dentro de nosso primeiro universo, o útero materno. - Isso mesmo, estou chamando de flor a minha, a sua e todas as mães.
     - Não se compara a beleza, a alegria que causa ao ambiente, o colorido da vida e o perfume inconfundível de nossas mães às flores magestosas que povoam jardins e campos? - Claro que sim! Quem não concordar é porque nunca soube ou pode usufruir da presença e do amor de mãe.
     O perfume do estrogênio materno é único e funciona como um feromônio que nos atrai como a luz faz aos insetos. Na verdade, a mãe é a luz que mostra o porto seguro em nossa frente.
     Entretanto, assim como as flores, que antes de serem flores, germinam, saem do útero da mãe Terra em busca de luz, crescem, viram realmente flores e mandam sementes aos quatro ventos, um dia chega o fim. Envelhecem, perdem o brilho e a cor e caem no solo ao lado do caule. Ali as flores mortas viram alimento para a própria Terra e para pequenos seres que também delas querem usufruir.
     A vida é efêmera, pelo menos do jeito em que pensamos nela, mas as nossas flores maiores, que são nossas mães, apesar de terem de cair mortas ao lado de seus caules, pois assim é a vida, vão continuar nos alimentando eternamente com lembranças de amor que ficaram impressas em nossas almas.
     Um beijo em todas as flores que perfumam este mundo que muito precisa delas.

Livros Interessantes

  • 1808 - Laurentino Gomes
  • 1822 - Laurentino Gomes
  • 64 Contos de Rubem Fonseca
  • A Cabana - William P. Young
  • A Farsa - Christopher Reich
  • A Teoria da Relatividade Especial e Geral - Albert Einstein
  • Agosto - Rubem Fonseca
  • Cidade de Ladrões - David Benioff
  • Como Vejo o Mundo - Albert Einstein
  • Dom Casmurro - Machado de Assis
  • GOG - Giovanni Papini
  • Mandrake: A Blíblia e a Bengala - Rubem Fonseca
  • Memórias Póstumas de Bras Cubas - Machado de Assis
  • O Andar do Bêbado - Leonard Mlodinow
  • O Círculo dos Mentirosos - Jean-Claude Carriere
  • O Imperador (4 Volumes) - Conn Iggulden
  • O Livro dos Livros Perdidos - Stuart Kelly
  • O Mestre de Quéops - Albert Salvadó
  • Para Ler Como Um Escritor - Francine Prose
  • Pós-Guerra - Tony Judt
  • Quem Somos Nós? William Arntz, Betsy Chasse, Mark Vicente
  • Rio das Flores - Miguel Sousa Tavares
  • Ser Feliz - Will Fergunson
  • Simplesmente Einstein - Richard Wolfson
  • Solar - Ian MacEwan
  • The Einstein Theory of Relativity - H.A. Lorentz
  • Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos - Rubem Fonseca